
Introdução
O presente boletim, referente ao período de outubro de 2024 a abril de 2025, registra os contínuos avanços e as diversificadas atividades desenvolvidas pela Incubadora Social Feminista Antirracista Norte, Nordeste e Amazônia Legal e pela coordenadoria regional do Observatório Caleidoscópio. Durante este período, a Incubadora consolidou sua presença nas respectivas sedes, UFBA e UFCG, em importantes eventos científicos nacionais, promoveu articulações interinstitucionais estratégicas fortalecidas pelo projeto de pesquisa “Mulheres Quilombolas nas Ciências: práticas de permanência e política de subjetividades” financiado pelo CNPq, incluindo parcerias internacionais, e avançou na produção de tecnologias sociais e materiais de apoio às mulheres quilombolas nas ciências. Destacam-se a aprovação de projetos de extensão e pesquisa, o fortalecimento de programas de mentoria e passos importantes na elaboração de tecnologias sociais como a realização de processos comunitários de validação. Paralelamente, inicia-se a divulgação das ações da Coordenadoria Norte, Nordeste e Amazônia Legal do Observatório Caleidoscópio, com foco no mapeamento das desigualdades de gênero, raça e mudanças climáticas na trajetória de mulheres negras nas ciências, sinalizando uma expansão promissora de nossas frentes de atuação e impacto.
A Incubadora no 11º Encontro de Divulgação de Ciência e Cultura (EDICC)
No período de 22 a 25 de outubro de 2024 ocorreu o11ª Encontro de Divulgação de Ciência e Cultura (EDICC), organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Divulgação Científica e Cultural da Universidade Estadual de Campinas. Sessões de comunicação oral, nos formatos presencial e virtual, transmitidas pelo Youtube. A Incubadora submeteu uma mostra sonora, que é um trecho do primeiro episódio do PodCast “Mulheres Quilombolas nas Ciências: de Quilombola para Quilombola”, entrevistando Givânia Maria dos Santos. O PodCast é vinculado ao projeto de pesquisa “Mulheres Quilombolas nas Ciências: políticas de permanência nas universidades e produção de subjetividades”, com o financiamento do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CNPq). Confira aqui.
Participação no I Seminário do INCT Caleidoscópio
No período de 29 a 31 de outubro de 2024, o Instituto de Relações Internacionais, em Brasília, sediou o I Seminário Internacional do INCT Caleidoscópio, parte do VIII Seminário Práticas Socioculturais e Discurso. Durante o seminário, as pesquisadoras que integram a Incubadora Social Feminista Antirracista Norte-Nordeste e Amazônia Legal contribuíram destacando suas experiências e pesquisas realizadas entre 2023 e2024. Na Mesa 1 – “INCT Caleidoscópio”, mediada pela Professora Dra. Silvia Lúcia Ferreira, as pesquisadoras de pós-doutorado (PDJ) discutiram realizações do INCT vinculadas ao Projeto de Pesquisa “Mulheres Quilombolas nas Ciências: políticas de permanência e produção de Subjetividades” financiado pelo CNPQ e ações extensionistas em andamento. A Professora Dra. Zizele Ferreira (INCT Caleidoscópio – UFCG) apresentou na Mesa 1 sua pesquisa sobre as trajetórias formativas de mulheres quilombolas na academia, e investiga as violências interseccionais que estas mulheres enfrentam ao longo de suas jornadas acadêmicas na Universidade Federal de Campina Grande – Campus CDSA, em Sumé-PB. Na mesa 3, com o tema desigualdades e resistências antirracistas na Universidade, a profa. Dra Silvia Lucia Ferreira apresentou a sua pesquisa “a saúde sexual e reprodutiva e as trajetórias de mulheres quilombolas em universidades baianas”, realizada com a parceria da profa. Eliana Almeida Sacramento da Universidade Estadual da Bahia (UNEB). Confira aqui.
Incubadora no 22º Congresso Nacional da Rede Feminista Norte e Nordeste de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher e Relações de Gênero (REDOR 2024)
A coordenadora da Incubadora Social Feminista Antirracista do Norte, Nordeste e Amazônia Legal, Sílvia Lúcia Ferreira, participou, no período de 06a 08/11/24, do 22º Congresso Nacional da Rede Feminista Norte e Nordeste de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher e Relações de Gênero (Redor), em São Luís(MA), tendo como tema central “Gênero, Feminismos e Contracolonialidade: diálogos com mulheres na ciência e as desigualdades regionais”. A pesquisadora participou da mesa redonda, que teve como tema “Mulheres Quilombolas nas Ciências: trajetórias, impasses e reexistência”, apresentando reflexões teóricas sobre racismo ao tempo que apresentou a Incubadora chamando atenção para esta experiência inovadora que está sendo desenvolvida no âmbito do INCT Caleidoscópio. No GT 1: Gênero, educação e interseccionalidades foi apresentado o trabalho “Mulheres Quilombolas e Ensino Superior: Reflexões sobre Acesso e Permanência” em coautoria com Eliana Almeida Sacramento, também da Incubadora. Importante registrar que a profa. Silvia é uma das fundadoras da Redor em 1992,em evento realizado pelo NEIM/UFBA e se constitui como a primeira rede de pesquisa regional (Norte e Nordeste do Brasil) em estudos de gênero. Confira aqui.

4º Encontro da Parceria DINOV/SEGES/MGI + DPA/SEPAR/MIR: Ações Afirmativas para Estudantes Quilombolas
No dia 13 de novembro de 2024, a Profa. Maria Simone, bolsista AT-NS no âmbito do projeto “Mulheres Quilombolas nas Ciências: Políticas de Permanência nas Universidades e Produção de Subjetividades”, coordenado pela Profa. Dra. Dolores Galindo(UFCG), participou do 4° Encontro da Parceria DINOV + DPA, sobre as “Ações Afirmativas para a População Quilombola”, em parceria com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MIG) e o Ministério da Igualdade Racial do Brasil (MIR), transmitido ao vivo pelo canal do YouTube do MGI. O evento discutiu a importância das ações afirmativas na trajetória acadêmica dos povos minorizados. Maria Simone realizou uma apresentação inicial de sua trajetória, destacando sua experiência no projeto de pesquisa, apontando que isso está sendo uma forma de dar continuidade aos estudos e se capacitar para se tornar uma pesquisadora. Ela ressaltou que as Políticas de Ações Afirmativas para pessoas quilombolas têm contribuído para diminuir as desigualdades políticas, sociais, raciais e econômicas entre os diferentes grupos da sociedade brasileira, impactando seu território. Confira aqui.
Fortalecendo o diálogo com a Amazônia Legal: Nepre-UFMT promove mesa redonda sobre o projeto “Mulheres Quilombolas nas Ciências” na XVIII Jornada de Desigualdades Raciais
No dia 13 de novembro de 2024, a Incubadora participou da mesa redonda “Mulheres Quilombolas nas Ciências”, durante a XVIII Jornada de Desigualdades Raciais na Educação Brasileira, evento paralelo à 32ª edição do Seminário de Educação (SemiEdu 2024). Organizada pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Relações Raciais e Educação (Nepre-UFMT), nesta edição a jornada teve como tema “O Brasil também é Quilombola: currículo, práticas pedagógicas e experiências interdisciplinares”. A mesa redonda, coordenada pela Profa. Dra. Cândida Soares da Costa, apresentou o projeto de pesquisa “Mulheres Quilombolas nas Ciências: Políticas de Permanência nas Universidades e Produção de Subjetividades”, que investiga as políticas de acesso para quilombolas na pós-graduação por meio de análise documental e as dificuldades enfrentadas por mulheres quilombolas no acesso ao ensino superior. Profa. Dra. Dolores Galindo e as pesquisadoras, Adv. Ma. Naryanne Ramos, quilombola de Vila Bela da Santíssima Trindade, bolsista AT-NS (INCT Caleidoscópio-UFCG) e Profa. Dra. Zizele Ferreira (UFCG), destacaram a importância do reconhecimento das trajetórias acadêmicas dessas mulheres. Para mais informações, acesse a transmissão no canal no YouTube do Nepre-UFMT, ou confira aqui.
Articulação Interinstitucional da Incubadora: 4ºEncontro da Parceria DINOV/SEGES/MGI + DPA/SEPAR/MIR: Ações Afirmativas para Estudantes Quilombolas
No dia 13 de novembro de 2024, Maria Simone, Licenciada em Educação do Campo UFCG, bolsista AT-NS quilombola do projeto “Mulheres Quilombolas nas Ciências: Políticas de Permanência nas Universidades e Produção de Subjetividades”, participou do 4° Encontro da Parceria DINOV +DPA, sobre as “Ações Afirmativas para a População Quilombola”, em parceria como Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MIG) e o Ministério da Igualdade Racial do Brasil (MIR), transmitido ao vivo pelo canal do YouTube do MGI. O evento discutiu a importância das ações afirmativas na trajetória acadêmica dos povos minorizados. Maria Simone realizou uma apresentação inicial de sua trajetória, destacando sua experiência no projeto de pesquisa, apontando que isso está sendo uma forma de dar continuidade aos estudos e se capacitar para se tornar uma pesquisadora. Ela ressaltou que as Políticas de Ações Afirmativas para pessoas quilombolas têm contribuído para diminuir as desigualdades políticas, sociais, raciais e econômicas entre os diferentes grupos da sociedade brasileira, impactando seu território. Confira aqui.
Validação Comunitária da Oficina “Mulheres Quilombolas nas Ciências e as Ciências dos Quilombos”
No dia 24 de novembro de 2024, a Incubadora Social Feminista Antirracista do Norte, Nordeste e Amazônia Legal-INCT Caleidoscópio, realizou processo de validação comunitária da oficina “Mulheres Quilombolas nas Ciências e as Ciências dos Quilombos” na EMEIF Firmo Santino da Silva, na Comunidade Quilombola Caiana dos Crioulos em Alagoa Grande-PB. A oficina teve como objetivos principais compreender as vivências das participantes no território quilombola, reconhecer e valorizar seus conhecimentos e modos de vida, e mapearas contribuições das mulheres quilombolas em diversas áreas sociais e acadêmicas. Supervisionada pela Profa. Dra. Dolores Galindo e conduzida pela Profa. Dra. Zizele Ferreira, com apoio técnico da Bolsista AT-NS quilombola Maria Simone da Silva Santino, a atividade se constitui como uma das etapas preparatórias para a construção do guia “Meninas Quilombolas nas Ciências! Podcast na sala de aula”, uma tecnologia social que visa oferecer roteiros para futuras oficinas e ações educativas voltadas para mulheres quilombolas na Educação Básica. Confira aqui.
Reunião do projeto “Mulheres Quilombolas nas Ciências: Políticas de Permanência nas Universidades e Produção de Subjetividades”
No dia 04 de dezembro de 2024, após período de articulação de pesquisadoras de diferentes universidades com vistas à sistematização de informações sobre trajetórias acadêmicas de mulheres quilombolas, nesta última reunião do projeto, validou-se o formulário eletrônico e o dicionário de variáveis do Projeto Mulheres Quilombolas nas Ciências: Política de Permanência nas Universidades e Produção de Subjetividade (Edital CNPq/MCTI n.º10/2023-Universal) que permitirá o início da coleta de dados nas universidades. Confira aqui.
Edital 008/2024 – Tecnologias Sociais para Apoio às Trajetórias de Mulheres Quilombolas nas Ciências
No dia 17 de dezembro de 2024, foi publicado o edital 008/2024, destinado a selecionar bolsas de Apoio Técnico de Nível Superior (AT-NS), visando o desenvolvimento de atividades relacionadas às Tecnologias Sociais voltadas às trajetórias de mulheres quilombolas nas ciências. O processo recebeu 30 inscrições, das quais foram destinadas 12 vagas, com 10 para mulheres com graduação e 2 para doutoras, residentes nas regiões Norte, Nordeste e Amazônia Legal. A seleção teve como objetivo apoiar as ações desta incubadora vinculadas ao projeto “Mulheres Quilombolas nas Ciências”, executado pelo INCT Caleidoscópio na UFCG, com a coordenação da Profa. Dra. Dolores Galindo. As vagas visam fortalecer a produção de materiais instrucionais como guias, cadernos de orientação e recursos diversos, voltados à permanência e ao sucesso de mulheres quilombolas na ciência. O resultado final do edital foi divulgado em 5 de março de 2025, na página oficial da UFCG. Foram selecionadas 12candidatas, cujo ingresso se deu logo após a publicação, no mês de março. Os recursos foram liberados em conformidade com a tramitação do Termo de Execução Descentralizada (TED nº 969636), firmado entre a UFCG e o Ministério da Igualdade Racial (MIR), cuja vigência é de 12 meses com possibilidade de prorrogação. Atualmente, as bolsistas encontram-se em fase de acolhimento e organização de suas atividades, com o objetivo de dar andamento às ações previstas na proposta do edital. Confira aqui.
Incubadora recebe a Profa. Dra. Valérie Ganem (Université Sorbonne Paris Nord) para discutir projetos sobre “Saberes Tradicionais e Saúde Mental”
No dia 18 de dezembro de 2024, a Incubadora Social de Pesquisas Feministas e Antirracistas do INCT Caleidoscópio recebeu a Profa. Dra. Valérie Ganem, da Université Sorbonne Paris Nord, em uma reunião conduzida pelas coordenadoras Profa. Dra. Silvia Lúcia Ferreira, da UFBA, e a Profa. Dra. Dolores, da UFCG. Participaram do encontro a bolsista AT-NS, Profa. Maria Simone Santino, quilombola de Caiana dos Crioulos, Alagoa Grande-PB; a bolsista PDJ (CNPq) Profa. Dra. Zizele Ferreira (Bolsista PDJ INCT Caleidoscópio); a Profa. Ma. Nirda Rosa, quilombola da comunidade Chumbo, Poconé-MT; a Profa. Dra. Eliane Sacramento da UNEB e a Profa. Dra. Karla Galvão, da UFPE, que integram a equipe interinstitucional da Incubadora. Durante a reunião, a pesquisadora Valérie apresentou as linhas gerais de um projeto que propõe a criação de centros experimentais de saúde mental para adolescentes, valorizando saberes tradicionais de comunidades descendentes de fugitivos da escravidão. O projeto busca integrar esses saberes no sistema educacional e fomentar intercâmbios entre cientistas e comunidades, envolvendo França e Brasil. Valérie também apresentou o seu livro ‘Em busca da liberdade’, que analisa a ligação entre a herança da escravização, família e trabalho no Brasil, com prefácio do Professor Kabengele Munanga. Este encontro marcou o início de discussões sobre a colaboração de universidades neste projeto internacional. Confira aqui.
Mentorias em Carreiras Científicas para Mulheres Quilombolas
Nos últimos três meses, a mentoria para mulheres quilombolas em carreiras científicas abordou temas essenciais para promover autoconhecimento, planejamento e desenvolvimento profissional, desde os fundamentos de uma carreira científica até estratégias práticas, como a elaboração de currículos acadêmicos e cartas de apresentação. A mentoranda quilombola Maria Simone, também recebeu orientações sobre como superar desafios e aproveitar oportunidades, alinhando a ciência às realidades e saberes quilombolas. Histórias inspiradoras emergiram, como a conquista de bolsas de estudo e projetos acadêmicos. Nos próximos meses, a mentoria desenvolvida pela Mestra e Advogada quilombola Naryanne Ramos, com supervisão da Profa. Dra. Dolores Galindo, continuará focada em redes de colaboração científica, integração de saberes tradicionais e acadêmicos, e publicação de trabalhos científicos. Com essa iniciativa, seguimos fortalecendo a presença de mulheres quilombolas na ciência, transformando vidas e comunidades. Confira aqui.
Publicação do primeiro roteiro para Estudos de Caso nas universidades parceiras
Foi publicado o primeiro roteiro que comporá o Caderno de Recursos “Fortalecendo a Permanência de Mulheres Quilombolas em Universidades”. Este material faz parte do projeto de pesquisa “Mulheres Quilombolas nas Ciências: Políticas de Permanência e Produção de Subjetividades”, aprovado pela Chamada CNPq/MCTI Nº 10/2023 – Faixa B – Grupos Consolidados. O projeto, coordenado pela Profa. Dra. Dolores Galindo(UFCG), reúne grupos de pesquisa parceiros da Incubadora e se dedica a estudar as trajetórias de profissionalização acadêmica de mulheres pesquisadoras negras quilombolas, com o objetivo de identificar os principais desafios para continuar os estudos e acessar o ensino superior em níveis de graduação e pós-graduação. Além disso, realiza o levantamento de boas práticas existentes para o acesso de quilombolas ao ensino superior. Confira aqui.
Incubadora Social Feminista Antirracista na UFBA implementa programa de extensão voltado à promoção da equidade racial e de gênero em comunidade quilombola do Vale do Paraguaçu/BA
O Programa de Pós-graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo – PPGNEIM conseguiu aprovação do Programa de Extensão: “Tecnologias sociais para a promoção da equidade racial, de gênero em comunidades quilombolas”, em dezembro de 2024, coordenado pela profa. Dra. Silvia Lúcia Ferreira, cujo objetivo é promover a equidade de gênero e raça com a construção e aplicação de tecnologias sociais que sejam contextualmente relevantes e cognitivamente transformadoras e sustentáveis ao longo do tempo, através do engajamento colaborativo entre a universidade e a comunidade quilombola do Vale do Paraguaçu, localizada no Recôncavo Baiano. A proposta será desenvolvida com atividades extensionistas formativas, em parceria com a educação básica, especialmente o ensino médio, por meio da articulação entre estudantes da pós-graduação do PPGNEIM, professoras quilombolas e estudantes da comunidade quilombola do Vale do Paraguaçu, com apoio do Diretor de EEQ, Alan Prazeres. Com duração de 21 meses, pretende-se gerar impactos sociais e econômicos nas trajetórias formativas das meninas e mulheres quilombolas da escola quilombola da comunidade do Vale do Paraguaçu, de modo a contribuir com a equidade de gênero e raça, por meio da elaboração de tecnologias sociais, com vistas a garantir a difusão na comunidade.
A equipe de trabalho é composta por Silvia Lúcia Ferreira, Sandra Maria Cerqueira da Silva, Cloves Luiz Pereira Oliveira, docentes do PPGNEIM, Milena Freitas Machado, pesquisadora de pós-doutorado Júnior (PDJ- INCT), Ianna França Oliveira, bolsista de extensão. Este programa também articula outros Programas de Pós-Graduação que fazem parte da Incubadora, o Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde (PPGENF: https://pgenf.ufba.br/), representado pela estudante de Doutorado Eliana do Sacramento de Almeida, professora da Universidade Estadual da Bahia (UNEB).
Esta articulação entre academia e comunidade/escola para o desenvolvimento de ações em uma perspectiva interdisciplinar que estimule a apropriação local das práticas, conhecimentos e metodologias representa mais uma “materialização” desta Incubadora Social, no âmbito da UFBA em torno de uma proposta efetiva. Confira aqui.
Aprovação de Termo de Execução Descentralizada (TED) com o Ministério da Igualdade Racial (MIR) para produção de tecnologias sociais
Foi firmado o Termo de Execução Descentralizada (TED) 24/2024 entre o Ministério da Igualdade Racial (MIR) e a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), com vigência de12 meses, prorrogáveis, coordenado pela Profa. Dra. Dolores Galindo (UFCG). O objeto do TED é o “Fortalecimento e ampliação do projeto de pesquisa e extensão ‘Mulheres Quilombolas nas Ciências’, visando potencializar a criação de redes de pesquisadoras e cientistas quilombolas, bem como expandir a produção de materiais e conteúdos orientativos sobre ações afirmativas para quilombolas”. O convênio contempla a produção de carrosséis informativos e infográficos, cinco vídeos institucionais protagonizados por quilombolas sobre acesso e permanência no ensino superior, dez programas de áudio (podcasts) com diálogos entre pesquisadoras quilombolas, e três cadernos educativos (“Fortalecendo a Permanência de Mulheres Quilombolas em Universidades”, “Maternidades Quilombolas nas Ciências” e “Boas práticas de apoio às trajetórias acadêmicas de mulheres negras e quilombolas”). Prevê ainda um workshop sobre tecnologias sociais e ações afirmativas para a equipe da incubadora, e um curso de formação virtual de três meses, com seis encontros, intitulado “Suporte às trajetórias de Mulheres Quilombolas nas Ciências -Cooperação Internacional e Políticas de Ações Afirmativas”, com abordagem contracolonial, feminista e antirracista, resultando na produção de um dossiê a ser lançado em 2026. Confira aqui.
Ações extensionistas na UFCG: “Oralituras como registros na elaboração de Tecnologias Sociais para Mulheres Quilombolas nas Ciências”
A Incubadora, no âmbito da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), por meio da Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão e da Coordenação Geral de Extensão, está implementando o projeto de extensão “Oralituras como registros na elaboração de Tecnologias Sociais para Mulheres Quilombolas nas Ciências”, coordenado pela Profa. Dra. Dolores Cristina Gomes Galindo (UFCG). As atividades do projeto tiveram início em março de 2025, com término previsto para dezembro de 2025, serão realizadas no Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido (CDSA/UFCG), campus Sumé, visa fortalecer as carreiras científicas das mulheres quilombolas abordando raça, gênero e territorialidade, por meio da coleta e sistematização de narrativas orais para a criação de tecnologias sociais e guias práticos. O projeto é composto pelas pesquisadoras de pós-doutorado júnior (PDJ), pelas docentes da UFCG Profa. Dra. Dolores Galindo (UFCG) e Profa. Dra. Maristela Moraes (UFCG), estudantes quilombolas do CDSA/UFCG e colaboradoras mestras que atuam como pesquisadoras quilombolas, contando com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Ministério da Igualdade Racial (MIR).
Reuniões da equipe interinstitucional do projeto de pesquisa
Ao longo de 2024, a equipe interinstitucional do projeto “Mulheres Quilombolas nas Ciências: Políticas de Permanência nas Universidades e Produção de Subjetividades” realizou diferentes reuniões coordenadas pela professora Dra. Dolores Galindo (UFCG). Esses encontros foram cruciais para discutir a estrutura teórico-metodológica, ampliar concepções iniciais, abordar a importância do reconhecimento da produção científica de mulheres pesquisadoras negras quilombolas, criar espaços para suas falas e produções, além de definir a metodologia para que cada instituição, representada pelas professoras doutoras Ana Karenina Arraes(UFRN), Cândida Soares da Costa (UFMT), Denize de Almeida Ribeiro (UFRB),Flávia Cristina Silveira Lemos (UFPA), Karla Galvão Adrião (UFPE), Karla Bessa(UNICAMP) e Maristela Moraes (UFCG); pelas pesquisadoras PDJ do INCT-Caleidoscópio Karine Santana (UFBA) e Zizele Ferreira (UFCG); e pela bolsista AT-NS Naryanne Ramos (INCT Caleidoscópio/UFCG), realizasse as ações pertinentes ao projeto. Confira aqui
Observatório do INCT Caleidoscópio: Coordenadoria Norte-Nordeste e Amazônia Legal
A Coordenadoria Norte-Nordeste e Amazônia Legal, iniciada em agosto de 2024 sob a liderança da Profa. Dra. Dolores Galindo (UFCG) e da Profa. Dra. Silvia Lúcia Ferreira(UFBA), desenvolve, no âmbito do Observatório Caleidoscópio, o subprojeto “Mapeamento e Monitoramento Interseccional das Desigualdades de Gênero, Raça e Mudanças Climáticas nas Universidades”. Este subprojeto, com perspectiva feminista interseccional e interdisciplinar, articula-se com a Incubadora Feminista Antirracista e concentra suas ações em quatro eixos: produção de indicadores sobre mulheres negras nas ciências e tecnologia, focando no impacto de raça, gênero e mudanças climáticas em suas carreiras; mapeamento de equipamentos e ações voltados ao enfrentamento das desigualdades de gênero racializadas e mudanças climáticas nas universidades públicas das regiões Norte, Nordeste e Amazônia Legal; articulação com equipes de pesquisa nacionais e internacionais; e produção e divulgação científica, incluindo artigos, podcasts e infográficos, para ampliar o impacto social e científico, com destaque para o Mapa Mulheres Quilombolas nas Ciências, contribuições e reflexões da iniciativa. O Observatório Caleidoscópio, uma das frentes do Instituto de Estudos Avançados em Iniquidades, Desigualdades e Violências de Gênero e Sexualidade e suas Múltiplas Insurgências, sediado na Universidade de Brasília visa criar um espaço para análise das desigualdades sociais e raciais e da violência de gênero, gerando indicadores e mapeando iniciativas bem-sucedidas para compreender a inserção das mulheres na ciência e subsidiar políticas públicas. Com estrutura tripartite (Sul/Sudeste, Norte/Nordeste e Amazônia Legal, e Centro-Oeste), o Observatório busca produzir indicadores sobre equidade de gênero nas IES, levantar equipamentos e diretrizes de enfrentamento às violências de gênero, e divulgar as atividades do INCT). Confira aqui.
Reunião sobre Iniciativas da Incubadora Social Feminista Antirracista na Paraíba
No dia 21 de fevereiro de 2025, foi realizada na Secretaria de Estado da Educação da Paraíba uma reunião contemplando a apresentação das iniciativas da Incubadora Social Feminista Antirracista Norte, Nordeste e Amazônia Legal – INCT Caleidoscópio, vinculada à UFCG, com a participação da Profa. Dra. Zizele Ferreira e da Gerente Operacional de Educação Indígena, Quilombola, das Relações Étnico-Raciais e dos Povos e Comunidades Tradicionais da SEE-PB, Profa. Aniely Mirtes Soares Alves. O encontro teve como objetivos principais divulgar as ações desenvolvidas na Paraíba pela incubadora, debater futuras parcerias e projetos na região, bem como aprofundar o diálogo sobre estratégias antirracistas e feministas no âmbito escolar e social, com ênfase nas mulheres negras quilombolas nas Ciências, fortalecendo a construção de ações colaborativas e inclusivas no campo da educação.
Encontro com Débora Fina Gonzalez, integrante do Conselho da Incubadora
A Incubadora Norte, Nordeste e Amazônia Legal recebeu a Profa. Dra. Débora Fina Gonzalez da Universidad de Playa Ancha/Chile para reunião interinstitucional na Paraíba, no dia 16 de fevereiro de 2025. Estavam presentes a Profa. Dra. Dolores Galindo da UFCG e a Profa. Zizele Ferreira, PDJ do INCT Caleidoscópio. Na oportunidade, as professoras reforçaram a intenção de estreitar laços de colaboração em pesquisa. Débora Fina Gonzalez faz parte do Conselho da Incubadora. Confira aqui.
Observatório Caleidoscópio e Articulação para Cooperação Internacional
Nos meses de março e abril de 2025, foram realizadas uma série de reuniões que ampliaram a discussão sobre as questões e desafios enfrentados por mulheres quilombolas. Estas atividades estão articuladas com a Coordenadoria Norte-Nordeste e Amazônia Legal, que desenvolve, no âmbito do Observatório do INCT Caleidoscópio, o subprojeto “Mapeamento e Monitoramento Interseccional das Desigualdades de Gênero, Raça e Mudanças Climáticas nas Universidades”. As reuniões, coordenadas pelo Grupo de Pesquisa Ateliê — Psicologias, Feminismos e Contracolonialidades, sob a liderança da Profa. Dra. Dolores Galindo (UFCG),foram uma chamada para a cooperação internacional por parte da Universidade Federal de Campina Grande, com o objetivo de estabelecer conexões com universidades da África, América do Norte e América do Sul. Participaram das discussões pesquisadoras e pesquisadores de Angola, Chile e Haiti, incluindo: Débora de Fina Gonzalez (Universidad de Playa Ancha/UPLA, Chile), em reunião no dia25/03; Helena Cosma da Graça Fonseca Veloso (Universidade Católica de Angola),em reunião no dia 01/04; e, do Haiti, Dieunise Joseph, Irvica Pierre Louis,Ilgentche Appolon e Gardiner Desravins (todos da Université Publique du Nord-Est à Fort-Liberté/UPNEF), além do Prof. Dr. André Yves Pierre (Universidade Estadual do Haiti). Atualmente, encontra-se em fase de articulação interinstitucional visando acordos de cooperação internacional com países da África, América do Sul e Europa com histórico prévio de pesquisa como Brasil. Confira aqui.
Fortalecimento institucional na UFCG: reuniões com a PRAC, Assessoria de Relações Internacionais e ASCOM
Durante o mês de março de 2025, a Incubadora Social Feminista Antirracista Norte, Nordeste e Amazônia Legal intensificou suas ações de fortalecimento institucional na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Foram realizadas reuniões estratégicas com a Pró-Reitoria de Ações Comunitárias (PRAC), Assessoria de Relações Internacionais e a Assessoria de Comunicação Social (ASCOM), com o objetivo de promover maior integração, divulgar as ações do projeto “Mulheres Quilombolas nas Ciências” e fortalecer o impacto do Observatório do INCT Caleidoscópio na UFCG. Essas movimentações tiveram como foco principal consolidar a presença da incubadora e do observatório, ampliar a visibilidade das ações de inclusão social e de cooperação internacional, além de fortalecera articulação entre a universidade e as comunidades quilombolas, promovendo maior impacto social e institucional. As reuniões permitiram o alinhamento de estratégias de comunicação, planejamento de eventos de divulgação, bem como o fortalecimento das parcerias com setores internos e externos.
Lançamento de novos episódios do Podcast “Mulheres Quilombolas nas Ciências: de quilombola para quilombola”
Em abril, foram lançados dois episódios do podcast “Mulheres Quilombolas nasCiências: de Quilombola para Quilombola”. Uma das entrevistas destaca a Profa. Dra. Chirlene Oliveira de Jesus Pereira, mulher negra quilombola da Comunidade Quilombola do Porto da Pedra, no Recôncavo Baiano, graduada em Serviço Social pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia e mestra e doutora em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo. O outro episódio apresenta a Profa. Ma. Luciene Tavares da Silva Lima, mulher preta da Comunidade Quilombola Caiana dos Crioulos, em Alagoa Grande-PB, licenciada em Pedagogia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú. Idealizado pela Incubadora de Pesquisa Feminista Antirracista Norte, Nordeste e Amazônia Legal e vinculado ao projeto de pesquisa homônimo com apoio do CNPq, MIR (TEDnº 969636) e UFCG, o podcast visa apresentar as contribuições de mulheres quilombolas para as ciências. Conduzido por Naryanne Cristina Ramos Souza, advogada e mestra da Comunidade Quilombola Porto Calvário (Território Bela Cor), o programa, com episódios de 25 a 30 minutos disponíveis no Spotify e YouTube, fortalece a visibilidade das produções acadêmicas dessas mulheres, promovendo uma perspectiva contracolonial dos saberes quilombolas e seu papel transformador nas universidades brasileiras. Confira aqui.

Dolores Galindo é Membra do Núcleo Gestor do INCT Caleidoscópio. Possui Pós-Doutorado (2013-2015), Doutorado (2006) e mestrado (2002) em Psicologia Social pela Universidade Católica de São Paulo (PUCSP), com Doutorado Sanduíche na Universidade Autônoma de Barcelona (2004). Graduada em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em 1999. Atua como Professora permanente no Programa de Pós-Graduação em Psicologia e Sociedade da UNESP/Assis e no Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura Contemporânea da Universidade Federal de Mato Grosso.

Silvia Lúcia Ferreira é Membra do Núcleo Gestor do INCT Caleidoscópio. Fundadora, Pesquisadora e Líder de Pesquisa do GEM (Centro de Estudos e Pesquisas sobre Mulheres, Gênero, Saúde e Enfermagem criado em 1988, na Escola de Enfermagem da UFBA. Pesquisadora do NEIM (Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher, desde 1988, Faculdade de Filosofia e Ciencias Humanas). Profa. do Curso de Graduação e do Programa de Pós- Graduação em Enfermagem e Saúde e do Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo.

Zizele Ferreira dos Santos é Pós-doutoranda do INCT Caleidoscópio. Fundadora. Possui graduação em Letras – Português e Inglês – pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2005) e Mestrado em Educação (2016) pela Universidade Federal de Mato Grosso. Doutora em Educação (2022) pela Universidade Federal de Mato Grosso (PPGE/IE/UFMT) e integra o Grupo de Pesquisa Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Relações Raciais e Educação (NEPRE)

Milena Freitas Machado é Assistente Social. Pesquisadora de Pós-doutorado no âmbito do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) Caleidoscópio, na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Doutora em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo (PPGNEIM/UFBA). Mestra em Serviço Social pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Especialista em Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça pela Universidade Federal da Bahia (NEIM/UFBA). Integrante do Grupo de Pesquisa e Estudos sobre Desigualdades Sociais, Políticas Públicas e Serviço Social (CNPQ/UFBA).

Naryanne Ramos é Apoio técnico a pesquisa do do INCT Caleidoscópio. Possui graduação em Direito pela Universidade de Cuiabá (2018). Mestra em Estudo de Cultura Contemporânea pela Universidade Federal de Mato Grosso.

Gabriela Sena é Apoio técnico a pesquisa do do INCT Caleidoscópio. Possui graduação em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.

Douglas Gois possui mestrado em Psicologia pela Unesp (2022 – 2024). Graduado em Psicologia pela UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) em 2021. Foi membro co-fundador do coletivo de estudantes negros da Psicologia, o Kilombo Cassangue. Foi membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Relações Raciais e Educação (NEPRE/UFMT), onde participou de atividades enquanto estudante bolsista da extensão e de iniciação científica. Ainda, foi membro do NIP (Núcleo Indígenas e Pretos de práticas psicológicas), onde participou do acompanhamento psicoterapêutico de um grupo de mulheres quilombolas universitárias. Pós-Graduando em Psicologia, no Programa de doutorado da Unesp-Assis, pela FCLAs (2025-Atual).
